Bomba autoescorvante, problema ou solução?
- Engº Ricardo Lopes
- 4 de set. de 2017
- 2 min de leitura
A bomba autoescorvante (ou re-autoescorvante) é uma solução paliativa para elevação de fluidos, contendo ou não sólidos em suspensão.
Paliativa porque esse tipo de equipamento nunca terá a eficiência hidráulica e energética atingida por uma bomba submersível ou uma bomba trabalhando "afogada".
A bomba autoescorvante trabalha em sucção negativa, ou acima da lâmina de água e, por não utilizar a válvula de pé, permite um arrasto maior de sólidos, devido à energia cinética gerada na tubulação de sucção.
No processo de bombeamento da bomba autoescorvante, é possível que ocorra a indesejável sucção de ar dissolvido no próprio fluido bombeado, com seu efeito aumentado devido a queda de pressão gerada no olho do rotor, ou através do vórtice formado no tanque devido à insuficiente submergência da tubulação de sucção.
A bomba para operar de forma mais eficiente deve contar com condições de sucção o mais favoráveis possível, pois isso é característica intrínseca ao projeto da bomba.
É fato que a eficiência aumenta quando a energia necessária na sucção para bombeamento sem que haja cavitação, NPSHrequerido, deixa de ser um problema e a altura de sucção passa a atuar como um facilitador no processo.
Isso somente se consegue com a bomba submersível ou afogada, que além disso promove um arraste maior de sólidos devido à posição do bocal de sucção em relação ao tanque.
Condições favoráveis de sucção, garante um funcionamento mais otimizado, preservando as partes móveis da bomba e garantindo uma maior vida útil do equipamento.
Sem falar do ganho em espaço e menor geração de ruído, características incomparáveis das bombas submersíveis.
Pense nisso no seu projeto, pois certamente um investimento inicial maior será rapidamente amortizado com ganhos evidentes em eficiência energética, característica tão procurada em sistemas de bombeamento nos dias de hoje.
Um grande abraço!
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